segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A Máscara [02]


"Oi, como vai você?" eu disse...

ela: "bem, bem. Vim para te ajudar, acho."
"Que belo então"

Aaaaah, meu jovem mortal  --------- 

...você não compreenderia como funciona quando dois irmãos de sangue se encontram e percebem seu parentesco, com um simples gesto.

"Então por onde começamos?"

Bom, para ser exato, eu não sou um caçador, nem pouco sei por onde começar a procurá-los. De praxe, eu disse: "Acho que podemos ficar sentados esperando-'os'..."

"Mas, ã? Como eles vão nos achar? Temos de procurá-los, precisamos ir em algum lugar..."

Oh meu Caim, que agonia  @.@ 


"Façamos então o seguinte, vamos para lá" - disse eu apontando em direção à lua.


"Como?"

"Não faço a mínima idéia, e de qualquer forma, não sei se seria uma boa idéia no final das contas..."


"É verdade", ela completou...


"Por onde então devemos procurar? Acho melhor ficarmos sentadinhos aqui em frente à esse mato colossal."

"Mas, como vamos procurá-los se estamos sentados?"

"Minha querida, eu não sei nem o que estamos procurando, então como vamos procurar algo que não sabemos o que é para procurar e nem muito menos sabemos por onde procurar?"


"Poxa, mas nunca vamos achá-los procurando sentados. E tem mais... Não é porque estamos sentados não procurando eles, que eles vão nos procurar, porque afinal, eles também nem sabem que estamos os procurando, já que estaremos aqui sentados, e não procurando-os. Acho melhor procurá-los dentro da floresta, assim temos mais chances de procurar algo 'procurável', e encontrar algo 'achável'."

" ... "

"Ok, demorou responder, eu ganhei, RÁ!!!" Ela disse para finalizar nossa discussão.

Fomos então á caminho, por floresta a dentro. 


Estava escuro, mas a luz do luar deixava tudo com um tom prata luminoso, algo belo de se ver, mas não sou de me esquecer dos objetivos e trocar pela beleza das coisas.

"Veja, pegadas" ela disse

"É mesmo, vamos seguir"


Chegamos a um espaço aberto, com vários troncos cortados, como que servissem para bancos. E em volta, vários cigarros, e resto de outras drogas. 

"MERDA! Assim nunca vamos encontrar nada. EU DISSE que não seria uma boa idéia procurar por aqui."
reclamei.
"Precisamos de algo para chamar atenção, JÁ SEI! Irei gritá-los! ALÔ VOCÊÊÊÊS! ONDE ESTÃÃÃO?! Completei.

2 segundos depois, ouço um início de choro. Mas não à minha frente, e sim atrás de mim... Era ela, estava chorando, agachada ao chão.
Como se o mundo dependesse de minha compaixão e senso de humanidade, me ajoelhei ao lado dela, e comecei a chorar também. (Empatia? Não sei. É algo que não posso explicar. Apenas existe).


Após recuperada do trauma, ela se levantou, e eu fiz o mesmo. E com um ar de felicidade, exclamou:
"VEJA! Olha o que eu achei!!!"

me estendeu a mão, e lá estava alguns 'chumaços' de pelo.

Peguei-os, levei-os à língua, e conclui
"SÂO PÊLOS"   /õ\


ela me olhou meio que com 'desdêm', mas, ignorei D:

"E agora? O que faremos com isso?"
"Vamos levar ao meu laboratório, e poderemos analisar", ela disse.


"Ok, ok. Quero levar esses cigarros também para análise, que tal?"

"Realmente é uma boa idéia. Vamos então?"

Claro que sim  (:


Fomos ao meu carro, um velho Chevy Impala 1967, e fomos ao nosso rumo (não sabia exatamente onde era, mas fomos)... 

[E ainda estamos indo...]

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